Ao falarmos sobre drogas, precisamos compreender como o uso acontece no nosso cérebro. 


Nosso sistema psicológico-emocional é formado por vários elementos que podem alterar nosso comportamento. Esses elementos armazenam e transmitem informações importantes em nossas vidas, como é o caso dos pensamentos automáticos, das crenças, estratégias compensatórias entre outros. Ao pensarmos no uso de drogas, sabemos como tais comportamentos estão envolvidos no processo de uso ou recaída. As crenças permissivas relacionadas ao uso, como: “sou mais legal quando bebo”  e os pensamentos automáticos como, “Eu só vou tomar mais um copo e paro”, estão a trabalho do que chamamos de Modelo Cognitivo das Adições, no qual:


  • Surge uma situação estímulo (p. ex.: Ir a uma festa na qual estão sendo servidas bebidas alcoólicas),

  • Isso leva a uma crença sobre o uso de drogas (p. ex.: “Bebida traz uma boa sensação”), 

  • Essa crença leva a pensamentos como, “Se eu beber só um copo, posso controlar meu uso”, 

  • Então esse pensamento iniciará a fissura (desejo de beber), 

  • Crenças permissivas aparecerão (p.ex.:”se eu beber, vou me divertir mais.”), 

  • E, assim, todos esses elementos levarão ao consumo de álcool e/ou drogas.


É  importante estabelecer estratégias para lidar com esses elementos quando surgem as situações de estímulo para consumo de drogas e entender como os elementos se constituíram em nosso sistema psicológico. 


A dependência química é uma doença crônica e precisa de tratamento, pois suas consequência podem ser muito graves na vida de quem usa drogas e da família dessas pessoas.