A Terapia Cognitivo-Comportamental

Para qualquer boa prática profissional precisamos nos apropriar e ter sempre presente os conceitos da teoria com a qual queremos trabalhar.

Entenda você também, como trabalharemos com suas emoções e conflitos para que se sinta melhor.  


A estrutura psicológica em Terapia Cognitivo-Comportamental(também chamada de TCC) tem 3 níveis principais, são eles: o Comportamento/Emoções; os Pensamentos automáticos e as Crenças.

A partir dessa estrutura é possível trabalhar as diversas demandas vindas dos pacientes. Esse entendimento não faz, no entanto, da TCC uma teoria reduzida, apenas cria a base do entendimento para solidificar a compreensão de outras instâncias do ser humano. 

Pensamentos Automáticos

São cognições que passam rapidamente por nossas mentes em determinadas situações e não estão sujeitos a análise racional, ou seja, inicialmente não conseguimos ter um juízo crítico sobre elas. 

Daí a necessidade de aprender a se dar conta de que estamos tendo um pensamento automático. A partir disso, fica mais fácil avaliar se o pensamento é funcional ou disfuncional.

O pensamento se relaciona com vários fatores da vida das pessoas, sendo afetado por eles e, afetando-os.


Crença

Crença é a parte mais profunda da estrutura psicológica, estão relacionadas a todas as relações da vida da pessoa: como ele se vê, como vê as pessoas, como vê o mundo. É tudo aquilo que aprendemos como certo ou errado, bom ou ruim, etc.

E, por serem tão profundas, não podem ser identificadas como estruturantes. Assim como os pensamentos automáticos, as crenças podem ser funcionais ou disfuncionais, ou seja, funcionais quando estão de acordo com a realidade e disfuncionais quando são destoantes da realidade.


CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Aparecem em nosso funcionamento como pressupostos, regras ou crenças condicionais

Se...então...

Ex. Se eu quiser ser aceita, então tenho que me comportar como as pessoas do grupo.

Será dessa forma que surgirão em nossos pensamentos


CRENÇAS CENTRAIS

São ideias ou percepções consideradas como verdades absolutas sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. É o que há de mais profundo e rígido no indivíduo a respeito dele mesmo, dos outros e do mundo.


As crenças centrais desenvolvem-se na infância a partir de experiências e do contato com pessoas significativas que as confirmem.


Há duas categorias: 

Crenças centrais de desamparo e crenças centrais de desamor


Pessoas com crenças de desamparo não têm estrutura para desenvolver coisas, sentem-se inadequadas e incapazes; 

Pessoas com crenças de desamor acreditam que não são amadas, que não têm atrativos para agradar.


Veja exemplos das duas categorias de crenças:


Desamparo  (não ter estrutura para fazer as coisas)

Eu sou inadequado, não sou eficiente, sou fraco


Desamor (de não ser amado, crenças mais depressivas)

Eu não tenho valor, sou indesejável, não sou atraente, sou mau


As crenças centrais não são percebidas como disfuncionais e nem como estruturantes do indivíduo por ele, até que faça psicoterapia e possa entender seu funcionamento. Geralmente só aparecem como negativas (disfuncionais) em momentos de aflição. 

Exemplos de crenças centrais: “Sou burra”; “Sou uma boa amiga”; “Sou um fracasso”; “Todos me amam”; "Ninguém me ama"



Os comportamentos/emoções e, inclusive reações fisiológicas que uma pessoa têm diante de um acontecimento, são gerados pelas mensagens enviadas pelas Crenças Intermediárias e as Crenças Centrais.

Dessa forma, existe uma relação direta e muito significativa entre pensamentos, crenças e reações comportamentais, emocionais e fisiológicas. O que nos leva a reflexão de como trabalhar com essa estrutura psicológica para termos resultados diferentes na vida diária.

Se alteramos o pensamento, poderemos ter uma resposta (comportamental, emocional, fisiológica diferente). O mesmo acontecerá quando as crenças forem conhecidas e a pessoa puder lidar com elas.  



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